Caixa de leite UHT

Leite de caixinha é ultraprocessado? Descubra a verdade!

Entenda a classificação do leite de caixinha no Guia Alimentar e seus benefícios para a saúde

Você já deve ter escutado em algum lugar que o leite de caixinha é ultraprocessado, mas essa informação não é verdadeira!

Muito pelo contrário, afinal, de acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira, elaborado pelo Ministério da Saúde, o leite de caixinha é considerado um alimento minimamente processado, pertencendo à categoria de alimentos que devem compor a base de uma alimentação equilibrada.

Embora os termos como “ultraprocessados” e “minimamente processado” estejam sendo cada vez mais utilizados, eles ainda podem geram algumas dúvidas. Vamos entender melhor como funciona essa classificação?

As classificações do Guia Alimentar

A 2ª edição do Guia Alimentar para a População Brasileira propôs a divisão dos alimentos em quatro categorias, considerando o tipo de processamento que os alimentos passam antes de serem comprados, preparados e consumidos.

A primeira categoria inclui os alimentos in natura e minimamente processados. Os alimentos in natura são aqueles que vêm direto de plantas ou animais, como frutas, folhas e ovos, sem nenhuma modificação após serem colhidos ou extraídos. Já os minimamente processados são os que passaram por pequenas mudanças antes de chegarem à mesa, como grãos secos e moídos, raízes lavadas, carnes resfriadas ou congeladas, e o leite pasteurizado ou UHT (“longa vida”).

A segunda categoria é dos ingredientes culinários, produtos que vêm dos alimentos in natura ou da própria natureza e são usados para temperar e cozinhar. Exemplos são óleos, gorduras, açúcar e sal.

A terceira categoria é dos alimentos processados, que são aqueles que recebem sal, açúcar ou outras substâncias para sua conservação, como legumes em conserva, frutas em calda, queijos e pães.

Por fim, a quarta categoria inclui os ultraprocessados, que são produtos fabricados com várias etapas de processamento e contêm ingredientes de origem industrial, como corantes e conservantes. Refrigerantes, biscoitos recheados, salgadinhos e macarrão instantâneo são alguns exemplos clássicos.

A classificação dos alimentos em grupos tem como objetivo nortear a população sobre as suas escolhas. De acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira, devemos priorizar no dia a dia o consumo de alimentos in natura ou minimamente processados, que passam por poucas alterações até chegarem à nossa mesa.

O leite como um alimento minimamente processado

É importante esclarecer que todos os tipos de leite comercializados no Brasil – seja pasteurizado (refrigerado), UHT (longa vida) ou em pó – são considerados alimentos minimamente processados. Em outras palavras, nenhum desses produtos contém conservantes ou aditivos que alterem suas propriedades naturais.

O único aditivo permitido na formulação do leite é o estabilizante, utilizado para prevenir a separação entre a gordura e o restante do produto, mantendo sua textura homogênea. Esse uso é regulamentado pelo Ministério da Agricultura (MAPA, 370/1997) e, geralmente, o estabilizante mais comum é o citrato de sódio, um componente que já está naturalmente presente no leite, apenas reforçado para garantir sua estabilidade.

Benefícios do leite na alimentação diária

O leite UHT (longa vida) é um alimento nutritivo e seguro, sendo uma importante fonte de proteínas, cálcio e outros nutrientes essenciais; apesar dos mitos, não contém conservantes, o que o torna um aliado prático e versátil para a rotina agitada. Além disso, ele pode ser consumido puro ou utilizado em diversas receitas culinárias, contribuindo para uma dieta rica e equilibrada.

Incluir o leite UHT na alimentação diária não só faz parte das recomendações do Guia Alimentar, como pode trazer diversos benefícios à saúde, como a prevenção de doenças como osteopenia e osteoporose e doenças crônicas.

Por fim, é importante lembrar que nem todos os alimentos industrializados são prejudiciais. A chave para uma alimentação saudável é fazer escolhas conscientes e informadas. Por isso, ler os rótulos dos produtos e buscar a orientação de profissionais de saúde é sempre uma boa prática.

Referências:

1. Guia Alimentar para a População Brasileira Brasília: MS; 2014. Brasil. Ministério da Saúde (MS). Política Nacional de Alimentação e Nutrição Brasília: MS; 2013.

2. MAPA. Portaria n°370, de 04 de setembro de 1997 – Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do Leite U.H.T (U.A.T). Acesso em: 16 de março de 2023. Disponível em: https://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=08/09/1997&jornal=1&pagina=52&-totalArquivos=160.

3. APRENDA A CLASSIFICAR ALIMENTOS. Nupens USP, São Paulo, 28 de fevereiro de 2018. Disponível em: < https://www.fsp.usp.br/nupens/aprenda-a-classificar-alimentos/>.

Compartilhe este conteúdo!

Contato ● imprensa

Patrocínio:

Contato ● imprensa

Patrocínio: